Transexualismo em diferentes culturas

Transg�neros (travestis) no Brasil

O Brasil � a maior na��o da Am�rica Latina e tamb�m o quinto maior pa�s do mundo em termos de popula��o e tamanho f�sico. Embora seja um pa�s bastante desenvolvido, n�o � o lugar mais amig�vel para os gays devido �s suas ideias r�gidas sobre masculinidade e problemas com surtos de AIDS decorrentes de opera��es de trabalho sexual. O desgosto pela comunidade LGBTQ � evidente na alta taxa de homic�dios de seus membros. As pessoas trans s�o geralmente o alvo desses crimes de �dio, resultando na alarmante estat�stica de uma morte a cada tr�s dias.

O termo "transg�nero" em nossa sociedade serve como um termo abrangente para todas as variantes de g�nero. Pessoas transg�nero, ou "transg�nero" no Brasil se referem a casos masculinos para femininos. E dentro de "transgen"ro" existem duas categorias distintas: transexuais e travestis, ou "travestis". Os grupos s�o facilmente misturados por pessoas de fora, mas para indiv�duos de dentro, a no��o de que eles s�o um e o mesmo � absurda.

A grande semelhan�a que cria a confus�o � que ambos os grupos vivem e se vestem exclusivamente como mulheres 100% do tempo. Ambos assumem nomes femininos, pronomes, maneirismos e travestis todos os dias. Ambos fazem mudan�as permanentes em seus corpos em esfor�os para parecerem mais femininos. No entanto, os transexuais acreditam que nasceram no corpo de g�nero errado e fazem mudan�as, como cirurgia de redesigna��o genital, para realmente se identificarem como mulheres. As travestis n�o se identificam como mulheres e condenam o transexualismo como uma doen�a mental. Eles n�o tentam mudar seu sexo. A maioria das travestis s�o meninos pobres, gays e efeminados que n�o t�m muita chance de outra coisa na vida.

Escolhi examinar a vida e a cultura das travestis nas ruas do Brasil. S� nas grandes cidades do Rio de Janeiro e S�o Paulo, eles chegam aos milhares. Devido � exposi��o de seus altos n�meros, eles levam uma exist�ncia not�ria, mas subterr�nea, cheia de perigo e opress�o.

Em primeiro lugar, deve-se notar que a defini��o de travesti n�o � completamente sin�nimo de nossa defini��o de "travesti". Travesti vem da palavra "travestir" que significa "travestir-se". No entanto, as travestis n�o se vestem apenas de vez em quando. As travestis se apresentam como mulheres adotando nomes femininos, pronomes, roupas, etc. Elas assumem maneirismos e pr�ticas femininas, como falar de meninos, ser muito exigente com sua apar�ncia e assistir novelas. Lembre-se da importante distin��o: elas nunca se identificam como mulheres. Eles s�o muito firmes no fato de que n�o apenas diferem dos transexuais, mas que os transexuais s�o psicologicamente doentes. As travestis se identificam como homens homossexuais que se apresentam como objetos de desejo de homens heterossexuais. Eles �s vezes s�o comparados ou referidos como "veados" ou homens efeminados tamb�m conhecidos como "faggots".

Enquanto o m�todo de identifica��o de g�nero geralmente aceito nos Estados Unidos se origina nos �rg�os genitais, o bin�rio de g�nero no Brasil � baseado na sexualidade. Se algu�m � ou n�o homem, mulher ou veado depende da posi��o de cada um no sexo. Se algu�m penetra, � um homem. Se algu�m � penetrado, � mulher ou veado, independentemente da genit�lia. Curiosamente, as travestis assumem tanto o papel passivo quanto o ativo no sexo, demonstrando suas capacidades duplas de g�nero. A maioria das travestis s�o prostitutas de rua que atendem uma clientela majoritariamente masculina. Com esses clientes, as travestis assumem o papel ativo devido ao desejo geral do cliente de ser passivo com uma parceira que se parece com uma mulher. Mas quando as travestis est�o com seus namorados, elas s�o r�gidas em suas exig�ncias de serem tratadas "como uma mulher" e, portanto, passivas no sexo. Na verdade, se o namorado de uma travesti se envolvesse com o p�nis dela, a travesti veria o namorado como um veado e o trocaria por um �homem de verdade�.

As travestis nascem pobres e geralmente n�o saem da pobreza. Eles tendem a viver na parte mais pobre e mais perigosa da cidade. A maioria vive em quartos de tr�s por quatro metros que n�o s�o seguros ou muito limpos. � extremamente comum que as travestis tenham em seu quarto um altar com uma figura religiosa cat�lica como Jesus ou Virgem Maria. Eles praticam sua f� apesar de a comunidade cat�lica e a maioria das outras comunidades religiosas n�o os aceitarem, com exce��o da comunidade religiosa afro-brasileira.

O Carnaval, uma festa afro-brasileira que incorpora a invers�o de g�nero em seus rituais exagerados, � a raz�o por tr�s dessa aceita��o solit�ria. Todos os anos homens e travestis est�o em alta visibilidade neste festival, o

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